COVID-19 E A RADIAÇÃO IONIZANTE

Nos últimos dias temos ouvido falar muito sobre covid-19, temos passado tempos difíceis com tudo que está acontecendo, e ai fiquei pensando em como poderia trazer um conteúdo que relacionasse vírus com as radiações.

Achei interessante trazer a questão da resistência às radiações ionizantes, para sabermos quais os valores de doses são letais para diferentes organismos.

Os organismos vivos apresentam resistências diferenciadas em relação aos efeitos biológicos das radiações ionizantes.

Quanto maior a complexidade do organismo, tanto na parte estrutural quanto neurológica,  menor será a resistência às radiações ionizantes.

Quanto à letalidade das radiações ionizantes, as doses de corpo inteiro tem os valores descritos a seguir.

Destacamos a dose de corpo inteiro, pois a resistência para diferentes órgãos ou regiões são diferentes e dependem de vários fatores.

Para um ser humano a dose letal de corpo inteiro é de 4 Sv, assim como para um cachorro a dose letal também é de 4 Sv.

Para um macaco a dose letal de corpo inteiro é de 5 Sv.

O coelho a dose letal de corpo inteiro é de 8 Sv.

A dose letal de corpo inteiro para uma marmota é de 10 Sv.

Agora para espécies com organismos mais simples como as aranhas por exemplo a dose letal de corpo inteiro é de 1000 Sv e os vírus é de 2000 Sv.

Ou seja, para exterminarmos o Covid-19 utilizando radiação, seria algo impraticável pois precisaríamos de uma dose 500 vezes maior que a dose letal para um ser humano.

Imagine que em um holocausto nuclear teríamos como sobreviventes, as aranhas, vírus, bactérias e alguns tipos de vegetações.

A ideia de que as baratas teriam uma super resistência a radiação é um mito, embora tenha uma resistência maior que os seres humanos, sua resistência é muito parecida com as dos invertebrados.

Agora falando em resistência, as bactérias deinococcus radiodurans e micrococcus radiomicrococcus   podem sobreviver a uma dose enorme de radiação cerca de 30.000 Sv, pois tem uma habilidade incrível de reparar  os danos causados pela radiação.

Essas bactérias conseguem reparar esses danos utilizando um sistema de enzimas especiais, mesmo se a estrutura em hélice do DNA tenha milhões de quebras.

Deinococcus radiodurans são encontradas em reatores nucleares. Elastem a capacidade de fazer mudanças químicas em rejeitos radioativos de alta atividade, transformando o processo de disposição destes rejeitos mais fácil e eficiente.

Pela teoria chamada Panspermia acredita-se que essas bactérias viajaram grandes distâncias e chegaram na Terra em meteoritos que colidiram com a Terra e tinham tais organismos.

Interessante, eu me encantei com esse assunto!!!

E você o que achou?

Já sabia dessas diferentes resistências dos diferentes organismos?

Referências:

Grupen C. Introduction to Radiation Protection, 2010

Grupen C.; Rodgers M., Radioactivity and Radiation, 2016

Thauhata, L., et al. Radioproteção e Dosimetria: Fundamentos, 2013

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